Chamava-se Carmencita
A cigana mais bonita
Do que um sonho, uma visão
Diziam que era a cigana
Mais linda da caravana
Mas não tinha coração
Os afagos e carinhos
Perdeu-os pelos caminhos
Sem nunca os ter conhecido
E andou buscando a ventura
Como quem anda à procura
De um grão de areia perdido
Numa noite, de luar
Ouviram o galopar
De dois cavalos fugindo
Carmencita, a linda graça
Renegando a sua raça
Foi atrás de um sonho lindo
Só esta canção magoada
Se envolve no pó da estrada
Quando passa a caravana
Carmencita, Carmencita
Se não fosses tão bonita
Serias sempre cigana