Menino Pandeiro (Serraria/Redenção/Sarreta/Duke J/Guilherme) Largô pras cobras, saiu da baia, largou fora, silarguitcho foisimbora, pegou seus panos, deu tchau pros mano, aquiénóis tem só doze anos Equilibra a calota na ponta dos dedos, linha de frente pede sem medo, uma cara preparada, tirando Sarro, na porta dos carros Cara de laje pré-moldada morador da quebrada, Aquiénóisdopandeiro, é seu nome inteiro, olha pra cima nunca enxerga a lua, sempre na sua, salve tranca rua, anjo caborteiro da rua profissional, fica Ligado vai abrir o sinal... Menino pandeiro da esquina a cara e a coragem que ensina Fazendo hora extra na terra correria do dia é uma guerra. Caradura, chinelagem cansada do sol Pele de carneiro jogar futebol Não é bicho preguiça é bicho carpinteiro Não é lobo em pele de cordeiro Aquiénóis vive um dia de cada vez, mais um motorista, mais um freguês Na esquina tudo é às ganha, sabe, o jeito, tem a manha Se dormir aqui, não acorda mais, quem muito manda melhor faz Ta ligado, antenado, mocosado, diversos esconderijos, ali do lado Na vida tudo é passageiro, tudo rola Uma calota um carro uma bola Bate na ponta dos dedos Inteiros Aquiénóis do pandeiro 100% Brasileiro! Seu quintal é avenida de passagem Atrás do bumba, motocicleta, vem que tem malandragem Se não se aquieta zigue-zague, ziquizira, abordagem Pra esse atleta não faltará coragem Banho de chafariz na praça até que é bom Mas no inverno perde a graça, disfarça aí meu bom Aquele tom da raça, vira fumaça AquiénóisdoPandeiro tem pele marrom Aqui faz rap do bom meu chapa O sol com o pandeiro ele não tapa O vira na Ipiranga indo pra vila Mapa Na cabeça as idéias cantando as treta Não tem mutreta, pula roleta Malabarismo, picadeiro, o dilúvio abre os braços pro guerreiro No retrovisor um brasileiro igual A solidão plural Eu sei tem replay no outro sinal