Não ansiando o que virá, Guardo apenas o que passou... Fechando os olhos para me ver morto, Onde o silêncio exprime mais que um grito. Neste sossego mudo O meu pensamento é uma clausura. Sinto a alegria como um peso, E o riso é pura agnosia. Vou-me perdendo de quem sou, Para existir na própria sombra. Existindo no bulício que me estruge, Um vazio que me acolhe. O fim... E o fim... Eu já vi como tudo vai acabar.