As despedidas, Como feridas que não saram... Guardadas num livro em que o tempo parou. Ao abri-lo exala-se o aroma da saudade; O outrora gravado em luz e contraste, Onde só os sentidos lhe dão profundidade. Sente-se no papel rugoso, E na sua cor gasta, o peso da idade. Percorro-o lentamente, Como se estivesse a caminhar no escuro. Então... Apetece-me morrer. Numa loucura timidamente pálida, A saudade diluída em sangue Percorre o corpo já esmorecido... Que alguém há-de voltar a lembrar.