"Eu sou um homem complicado, nervoso e meio emburrado
Chego levantar chorando, se durmo com os pé destapado"
CG
Se chegarem no meu rancho, pra pedir sestiada ou poso
CG
Não cheguem de a pé e nem de moto, porque
Eu lhe boto os cachorro
CG
Cheguem bem a cavalo, de pingo alçado no freio
CG
Que o dia de vento norte, amanheço mais azedo
CG
Conheço índio gaucho, campeiro e caprichoso
CG
E o cavalo bem cuidado, conheço 'inté' pelo toso
CG
Pode ser ponta de lança, currutillo destopetiado
CG
Só por favor não me cheguem é com cavalo pisado
CG
Buçal e cabresto forte, não ate o pingo na rédea
CG
E agora preste a atenção, que aqui vai mais uma regra
"Use espora no garrão, nada de garrão liso
Faca na cintura, mas que não seja cutilho
Que dê pra fazer um espeto e abrir um peito de chiru
Que tenha o cabo leviano, pra não saltar da cintura
Palmo e meio de folha, e a bainha de couro
Que tenha o cabo quadrado, pra não virar no estouro."
CG
Bombacha larga ou estreita, de dois pano ou quatro pano
CG
Mas que seja Rio Grandense, nada de países hermanos
CG
Use com os punho abotoado, ou então arremangado
CG
Porque os punho de arrasto, é sinal de relaxado
CG
Um índio que se arregaça, que se manda pros banhado
CG
Laça um touro sozinho, maneia e deixa maneado
CG
Esse é o perfil do Rio Grande, templa velha do passado