As flores da laranjeira
Caindo, enfeitando o chão
Uma saudade arteira
Batendo no coração
Uma paixão sem juízo
Parece até me levar
Pra beira do paraíso
Ao fundo do teu olhar
E quando bate a porteira
Eu rezo pra ser você
Que levou na algibeira
O meu retrato e o viver
Ali há a sinfonia
Barulho da cachoeira
O sopro da ventania
Embole a rede, a fogueira
Eia, eia, saudade quer me matar
Eia, eia, saudade vai me matar
Eia, eia, saudade quer me matar
Eia, eia, saudade vai me matar
O movimento da estrela
Chamando o anoitecer
As aves vão com os anjos
Buscando adormecer
Um sentimento prodígio
Avança, o peito, o sinal
Deixando todo o vestígio
De amante sentimental
E quando bate a porteira
Eu rezo, pedindo bis
Quem sabe a tua zoeira
Vem cá, me fazer feliz
O meu amor, com certeza
É maior que qualquer fé
Tem o perfume e a beleza
Da florada do café
Eia, eia, saudade quer me matar
Eia, eia, saudade vai me matar
Eia, eia, saudade quer me matar
Eia, eia, saudade vai me matar