Exposta na banca pra todos verem
Um dia à tarde, andando na rua me surpreendi
Quando numa banca vi um corpo nu, queimado do Sol
Conhecido meu a tempos atrás me pertenceu
Como eu era feliz
Pois era ela, minha esposa amante
Com seu corpo elegante, exposto estava ali
Foi a sua vaidade
Conversas de comadres
Conselhos não de padre
Tirou ela de mim
Capa de revista
Exposta na banca pra todos verem
Na primeira noite
Ela de vergonha a luz apagou
Hoje as luzes não mais intimidam
De todo lado seu corpo é mostrado, sem censura
É fotografado, como ela mudou
Cubanita me lembro bem
Que foi paixão à primeira vista
Você era dentre todas
A mais bonita
Admita que quando você me viu
Sentiu coisa parecida
Me olhou com aqueles olhos
De bandida
Fez amor como bailarina
Me beijou e me enlouqueceu
Mas chorou feito uma menina
Quando amanheceu
Senhorita você fugiu
Daquela ilha socialista
Algum barbudão te deu
Visto de turista
Mas assim que chegou aqui
Caiu na farra capitalista
Andava de limusine com motorista
Hermanita sabemos bem
Foi tão bom quanto tinha que ser
Mas seguimos os nossos caminhos
Porque nos convém
Reconheço bem que você me avisou
Da sua veia de artista
Sumiu, se evaporou
E não deixou pista
De repente vem gente e diz
Que te viu casada com economista
Um outro te viu
Pelada numa revista
Cubanita
Onde estiver
Amsterdã
Ou em nova guiné
Será sempre
E não só pra mim
Uma linda mulher
Cubanita linda
Te quiero
E digan lo que digan
Te quiero
Seras bienvenida
Em mi vida
Hermosa señorita
Te quiero