Um mouro crina comprida Um baio do casco preto Dois buçais fortes, torcidos Presos ao mesmo cabresto Um assoprão na cancela Pra ganhar o corredor Destino longo por diante Se acostumando com a dor Acolherados se vão Tentando entender o fato Quando a “bancada” do baio Sujeita o mouro no ato Quando a “bancada” do baio Sujeita o mouro no ato Acolherados se vão Um embala, o outro golpeia E a vida bota sentindo Quando o cabresto estaqueia E a vida bota sentindo Quando o cabresto estaqueia O baio floxa a cabeça Já calejada a tirão Espuma o suor na trança Encharca a flor do botão Quando o buçal faz a moça Na nuca já dolorida O mouro perde a rudes Respeita a corda torcida Acolherados entendem Se arrodeiam no caminho Se um vai matar a sede O outro molha o fucinho Acolherados, sujeitos Aprendem que nesta vida Qualquer coisa que se faz Volta pra nós em seguida Qualquer coisa que se faz Volta pra nós em seguida Acolherados entendem Se arrodeiam no caminho Se um vai matar a sede O outro molha o fucinho Acolherados, sujeitos Aprendem que nesta vida Qualquer coisa que se faz Volta pra nós em seguida Qualquer coisa que se faz Volta pra nós em seguida Acolherados se vão O baio floxa a cabeça Já calejada a tirão Acolherados se vão O mouro perde a rudes Respeita a corda torcida