As palavras não param de ferver na fervura desmancha o porquê
O escuro que nos cerca é mudo e o silêncio é o cerco de tudo
As palavras não chegam a conter e o canto não chega a dizer
Sob a luz do mais profundo estudo o futuro é um incômodo agudo
É um grito o que eu sinto e calo É um calo na alma da gente
É a gente apontando pro alvo E Calando dolorosamente
E a mente é continente cheio De esperança desesperada
E a faísca de raiva no meio Esperando um risco de nada
As ruas que nos assistem de perto
Nas ruas vendo o ônibus chegar
Nas rua quando a gente reencontrar o afeto
Na rua até as pedras vão gritar
Um dia em que a gente transcendente
Um dia qualquer amanhecerá
Um dia em que a rua for de toda gente
Um dia em que as ruas vão gritar