Foi na festa da fazenda
Do seu coronel Janjão
Que eu conheci minha Rita
Formosa como um botão
Seus olhos pretos me olharam
Senti meu corpo tremer
Não foi preciso mais nada
Pra nós dois se compreender
Como eu era cantador
Afamado do sertão
Logo todos me pediram
A Saudade do Matão
Neste mundo eu choro a dor
Por uma paixão sem fim
Num canto a Rita chorava
Fui logo saber por que
Não é por nada, responde
É de orgulho de você
Sempre gostei de ser livre
Levando a vida a cantar
Mas ali mesmo com a Rita
Eu combinei me casar
Mas Deus não quis que assim fosse
Não quis vê a nossa alegria
Uma semana depois
A minha Rita morria
E morrendo no seu leito
Apertando a minha mão
Me pediu, cante baixinho
A Saudade do Matão
Neste mundo eu choro a dor
Por uma paixão sem fim
Não pude mais continuar
Embaçaram os olhos meus
Olhei chorando pra Rita
Ela já estava com Deus
E hoje sempre que escuto
A Saudade do Matão
Parece que eu vejo a Rita
Deitada no seu caixão
Toda vestida de branco
Como querendo dizer
Não foi nada, vou contente
Orgulhosa de você