A noite bateu na porta, parece que sente medo
Veio fugida dos ventos, arrepiou meus cabelos
Hoje eu fico em mi casa, hoje eu não vou a Curvelo
Hoje eu fico em mi casa, hoje eu não vou a Curvelo
As árvores desabarão, como se fosse arvoredos
As águas inundarão, abalarão os rochedos
Os deuses das trovoadas, trovoarão nos terreiros
Nesse escurão eu não vejo, o mundo é um grande segredo
Nesse escurão eu não vejo, o mundo é um grande segredo
Mas hoje não, hoje eu fico
Hoje não, hoje eu fico
Hoje eu fico em mi casa, hoje eu não vou a Curvelo
Hoje eu fico em mi casa, hoje eu não vou a Curvelo
Desculpe, moça bonita, o chuvaréu veio cedo
A cara da tempestade anunciou seu enredo
Haverão dificuldades, pelas veredas do tempo
Haverão dificuldades, pelas veredas do tempo
E se amanhã fizer Sol, eu partirei logo cedo
Enfrentarei a cavalo, os encharcados lameiros
Velocidade da flecha na precisão do lanceiro
Chegarei antes que o dia esfrie o seu travesseiro
Chegarei antes que o dia esfrie o seu travesseiro
Mas hoje não, hoje eu fico
Hoje não, hoje eu fico
Hoje eu fico em mi casa, hoje eu não vou a Curvelo
Hoje eu fico em mi casa, hoje eu não vou a Curvelo
Hoje eu fico em mi casa, hoje eu não vou
Pra Curvelo