A glamourização do underground da burguesia
Apocalipse de gênero e etnia
E o extermínio da cultura com maestria
Em prol de ganhos baseados em covardia
Playboy vira nóia no conforto do seu apê
Na zona oeste de onde quase não se vê
Crianças comendo do lixo pra sobreviver
Virando adulto antes mesmo de aprender a ler
E o sangue escorre, espuma, seca e deixa a marca
Para lembrar que a violência é habitual
Passatempo no qual você embarca
Nesse circo de horror diário e surreal
Caíram as mascaras
Essa conta não fecha
E o silêncio que atordoa
Caíram as mascaras
Essa conta não fecha
E o silêncio que atordoa
A minha mente tá aberta
A rotina te acordou... Levanta
O trem lotado te espera pra você esperar
É mais um dia agoniante e sem fim?
Será mesmo que sempre tem que ser assim?
Meritocracia sendo banalizada
De certa forma não pode ser comparada
Por quem trabalha, estuda, ajuda, não tem fim de semana
Contra quem tem grana, sossego e porcelana
Buscamos a saída do absurdo da situação
Porque o kit pilantragem vem sem coração
Então se liga e não descansa
Até que o básico não faça mais parte da cobrança
Caíram as mascaras
Essa conta não fecha
E o silêncio que atordoa
A minha mente tá aberta
Caíram as mascaras
Essa conta não fecha
E o silêncio que atordoa
A minha mente tá aberta
É o silêncio que atordoa
(Nunca mais)