[Declamado] "Aquela pobre vaquinha, indo para o matadouro! Tão velha e magra que tem os ossos furando o couro. Parece que ela advinha que caminha para o fim, Se ela pudesse dizer, talvez nos diria... assim:" F C Bb F Meu boiadeiro me levando à morte, C F Dei minha vida para lhe ajudar... C Bb F Meu leite puro é que matou a fome C F De seus filhinhos, que ajudei criar. F7 Bb F Bb Os meus filhinhos você levou embora. C F Uns para o corte e outros no estradão... C Puxando carro pelo chão do mundo, Bb C F De dor, sangrado pelo seu ferrão... C F Um obrigado eu esperava ouvir agora C Bb F Porem so ouço a chicotada da partida Bb F Meu coração entristecido esta chorando C F A ingratidão de quem tanto ajudei na vida. F C Bb F Hoje estou velha, pra mais nada presto C F A minha morte só lhe satisfaz. C Bb F Vivi a vida só lhe dando lucros, C F Sem o direito de morrer em paz... F7 Bb F Bb Quando sua faca atravessar meu peito C F E o meu sangue lhe escorrer na mão, C Por sua pobre ignorância humana, Bb C F Meu boiadeiro, lhe darei perdão. C F Um obrigado eu esperava ouvir agora C Bb F Porem so ouço a chicotada da partida Bb F Meu coração entristecido esta chorando C F A ingratidão de quem tanto ajudei na vida. F C Bb F Após a morte, eu serei seus passos, C F No seu calçado feito com meu couro... C Bb F Serei o cinto pra enfeitar madames, C F Serei a bolsa pra guardar seu ouro F7 Bb F Bb Desde o início da humanidade, C F Quando, em belém, viram a divina luz, C Com o meu calor, na fria manjedoura, Bb C F Fui eu que um dia aqueci Jesus... C F Um obrigado eu esperava ouvir agora C Bb F Porem so ouço a chicotada da partida Bb F Meu coração entristecido esta chorando C F A ingratidão de quem tanto ajudei na vida.