Decididamente, eu não sou gente. Eu sou um ente incompetente, mal-acabado Eu, infelizmente, não consigo sequer ser um mendingo Dá tudo errado Deus, quando me fez, devia estar muito invocado Ganhou o campeonato de fazer nego sofrer Urubu pousou na minha sorte Eu nasci pra boi de corte Deu cupim no meu viver Sábado passado, quando eu vinha Uma zinha "da pontinha" Fez uma linda carinha para mim Eu, aí, peguei minha pessoa E fui andando para a boa Na esperança de um domingo menos ruim Pois, amigo, que é que você acha Vou e levo uma "bolacha" De um frajola que eu não sei de onde surgiu E que, além de tudo, não contente Me mandou apenasmente Quando você está mesmo sem sorte Nem a vida e nem a morte Querem nada de saber de você, não Você pode estar morto, defunto E vêm os vermes todos juntos Lhe pedir pra não seguir a refeição Chega o dia e a vida está tão chata Que você pega e se mata Dá um tiro que parece de canhão Mas a sua sorte é tão ingrata que ele sai pela culatra Com licença da expressão